Quando vou no mercado comprar um pacote de açúcar, muitas coisas passam na minha cabeça na hora de escolher uma marca. São várias variáveis: preço, tipo, tamanho da embalagem… tem pra todo gosto. Mas tem uma coisa que dificilmente passa pela minha cabeça: a dificuldade que cada empresa teve pra fabricar aquele pacote.
Não sou totalmente idiota. Não conheço o processo inteiro de fabricação do açúcar, mas sei que alguém teve que preparar a terra, plantar a cana-de-açúcar, cuidar da plantação, esperar um tempão, colher, processar, refinar, embalar, transportar… ufa… mas não vou comprar da marca “x” apenas porque ela teve mais dificuldade do que a marca “y” pra produzir a mesma coisa.
Essa é uma das coisas bonitas do capitalismo. Quando os fornecedores e os consumidores se tornam anônimos, você pode focar no produto que está consumindo, e não necessariamente em quem produziu e no processo por trás. Você não precisa ser um especialista – e nem conhecer um –, basta ir ao mercado.
Quando você passa a consumir baseando suas decisões na qualidade do produto, e não no fornecedor em si, passa a premiar justamente aqueles que são mais competentes, que conseguem entregar algo de qualidade superior. E isso apenas faz com que, cada vez mais, a competição permita a criação de novos métodos para melhorar a qualidade dos produtos e serviços, sem que você sequer tenha consciência disso.
Poder fazer negócios com pessoas que você não conhece, apenas porque quer o produto que elas têm, permite uma expansão enorme das coisas às quais você tem acesso.

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