A liberdade para que possamos agir de acordo com o que nos pareça correto é fundamental para que a gente consiga buscar a nossa felicidade. Acidentalmente, essa liberdade também acaba trazendo benefícios para outras pessoas: quando um médico descobre a cura de uma doença, várias pessoas podem ser curadas.
Mas não existe nenhuma garantia de que alguém livre terá sucesso naquilo que buscar fazer. Nenhuma garantia de que o médico descobrirá a cura da doença. Nenhuma garantia de que o resultado da liberdade não será um desastre.
Mesmo assim, a liberdade, nos termos acima, é talvez o valor mais importante a ser defendido nas relações humanas. E aí se inclui, até, a liberdade para errar.
Alguns conhecimentos são adquiridos através de tentativa e erro. Em geral, produzimos muitos erros até acertarmos. O médico provavelmente não descobre a cura da doença no seu primeiro experimento. Um escritor revisa inúmeras vezes seu livro até chegar na versão final. E é dessa forma que deve ser.
Se não há liberdade para errar, só existe uma chance para acertar. E quem é louco o suficiente para garantir que vai acertar de primeira, seja lá no que for? A falta de liberdade significa, sem exageros, o fim do conhecimento.

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